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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Romantismo, (música, pintura, teatro e literatura).

Vem de ares italianos, alemães e ingleses e como uma borboleta, voa pelo mundo graças aos franceses que aderiram amavelmente essa arte, espalha-se a partir do século XVIII até o século XIX, o Romantismo, um período cultural artístico.  Emoções são valorizadas, e não deixadas para depois; as criações são livres; o amor platônico não se deixa faltar; temas religiosos são abordados; há a presença do individualismo; o nacionalismo se deixa dominar e a história se faz presente nas obras. E não nos deixemos esquecer, estamos aqui na época da Revolução Francesa, ideias iluministas estão percorrendo na Europa. Já no Brasil, o Romantismo chegou em 1836, enquanto havia ainda a euforia da independência e lutava-se pelo fim do tráfico de escravos, o que foi uma grande influência nas obras brasileiras desse período, além da natureza.

Música.
Os compositores musicais nesse período libertavam a si mesmos, tendo uma ótima expressividade; porém as sequências são menos harmoniosas e os tons são mais sombrios; já que no Romantismo o foco era o próprio indivíduo, o misterioso mundo do artista é encontrado subjetivamente em cada obra, deixando-se de lado a forma racional e simétrica.

Pintura:
Foi na França e na Espanha que a pintura teve uma enorme força, com os principais artistas Delacroix e Goya. A pintura retratava temas históricos ou literários, todos dramático-sentimentais. Assim como a emoção as cores vieram a tona, a paisagem passou a não ser feita apenas por fazer, mas sim para enfatizar a relação e a expressão dos personagens.
A liberdade guiando o povo , de Delacroix.
Três de Maio, de Goya.

Teatro:
No teatro, há a transformação do clássico como Shakespeare em relação ao tempo, espaço e ação. Torna-se então um teatro moderno, que critica os problemas humanos, morais e sociais respectivamente dessa época.
Martins Pena é considerado o principal autor do teatro romântico no Brasil, uma de suas obras é " O Noviço.", onde, narrativamente de uma forma bem humorada apresentam-se situações de jovens mandados pela família ao sacerdódio, sem que tivessem vocação. Como dito, cita acontecimentos da época, e aproveita-se para fazer uma crítica.
Para quem tiver interesse o livro tem apenas 76 páginas e pode ser lido em pdf: http://www.bdteatro.ufu.br/download.php?pid=TT00422.

Literatura:
"Em cada país o romantismo produziu uma nova literatura exuberante com imensas variações entre seus autores porém, em todos eles, persistem algumas características em comum: opulência e liberdade, devoção ao individualismo, confiança na bondade da natureza e no homem "natural" e na fé permanente nas fontes ilimitadas do espírito e da imaginação humanos." - Bradley, Beatty e Long.
Citarei textos da literatura romântica brasileira, a qual teve três gerações:
A Nacionalista, onde a natureza era exaltada, a idealização do indígena predominava e exilados confessavam sua saudade da pátria. O principal nome dessa geração é Gonçalves Dias, poeta pelo qual me encantei e sou apaixonada <3.
"Clarão, que as luzes no piscar despedem
Se outro nome lhe dão
Se amor o chamar
D'amor igual ninguém sucumbe a perda.
Amor é vida!
É ter constantemente alma-sentidos-coração abertos
Ao grande ao belo
É ser capaz de extremos
D'altas virtudes
Té capaz de crimes
Compreender o infinito a imensidade e a natureza e Deus
Gostar dos campos, d'aves, flores, murmúrios solitários
Buscar tristeza e soledade
É ter o coração em riso a festa
E a branda festa de nossa alma
Fonte de pranto intercalar sem custo
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo
E ser no mesmo ponto
O ditoso
O misérrimo dos entes
Isso é amor, e é desse amor que se morre." -Gonçalves Dias. <3

A Ultrarromântica, apego a morte, fuga para a natureza ou para a infância, idealização da mulher inatingível e ao mesmo tempo sexualizada. Confissão e Sarcasmo. Depressão, mal do século. Todos os artistas dessa época morreram cedo.
Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
"Não acordes tão cedo! enquanto dormes
Eu posso dar-te beijos em segredo...
Mas, quando nos teus olhos raia vida,
Não ouso te fitar... eu tenho medo!
Enquanto dormes, eu te sonho amante,
Irmã de serafins, doce donzela;
Sou teu noivo... respiro em teus cabelos
E teu seio venturas me revela..." -Álvares de Azevedo.

A condoreira, última geração, onde a crença de que a arte deveria contribuir para o progresso da humanidade era presente, passa a ser uma poesia socialmente engajada e elaborada para ser recitada em público e empolgar a quem a ouvia, coincidiu na Europa com o início da luta de classes e no Brasil com a abolição da escravatura e instauração da República. O principal poeta dessa geração foi Castro Alves.
"Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar..." -Castro Alves.

Gosto muito desse período na arte, e ele é bem importante sempre cai em Enem e Vestibulares. Espero que tenham gostado também (e que não tenha ficado muito longo e cansativo, (eu sei que ficou mas ainda tenho esperança, rs) e me digam, qual parte os encantou mais?
Um beijo,
Bela.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

6 coisas que eu aprendi com o teatro.

Hoje vim falar de teatro, arte pela qual sou apaixonada. Talvez eu goste tanto assim pois curto explorar coisas novas, acho legal ser outra pessoa, com outra história, outros sentimentos, outra vida; posso ser eu mesma; me libertar... são tantos  motivos para eu amar essa arte. E tudo começou quando eu tinha uns 9 anos, e minha primeira peça foi "O bau do tesouro" algo assim kkk, naquela época eu era bem tímida, por isso acabei surpreendendo as pessoas e a mim mesma. Fui um menino, não me lembro muito bem de como era a história da peça, mas sei que foi a primeira de muitas outras. 
Boneca, nerd, diretora, psicopata, esses são alguns dos personagens que eu já fiz, e sabe, essa é a magia da coisa, ser várias pessoas em uma única vida. Fiquei dois anos sem teatro, pois onde eu fazia tinha que pagar e minha irmã também quis ter sua vez de atriz, então tive que parar para que minha mãe pudesse pagar o dela. Porém esse ano eu voltei, em outro lugar agora (que é de graça, uhulll), estou adorando, e aprendendo muitas coisas, então decidi compartilhar com vocês).
1-Não tenha medo do ridículo: Lá ser ridículo é prioridade, você pode fingir que é um passarinho voando, ou sei lá, se você é um menino pode dançar balé sem ter medo de ser estranho, de ser julgado, a gente não liga para isso, afinal todos que estão ali tem um parafuso a menos na cabeça, e isso não é nem um pouco ruim, eu gosto de pessoas com um parafuso a menos haha. Lá você pode ser você mesmo, ou quem você quiser.
2-Não faça o óbvio: Se você ouviu um barulho de chuva o mais óbvio a se fazer é abrir o guarda-chuva, mas não é para você fazer o óbvio! A graça da coisa é se desafiar, propor um novo desafio para si mesmo, e ir mais longe.
3-Crie: Vocês já devem ter notado tem bastante criação. Por exemplo, quando você vai fazer um personagem por mais que ele já tenha todas as falas escritas, vai ser você que vai tirar aquilo do papel e transformar em realidade, criar medos, alegrias, características em si. Onde eu faço, em algumas aulas o professor coloca sons e temos que criar uma história com eles, pode ser uma para cada som ou juntar todos, é muito legal pois você é quem cria aquele mundo, aquela história, quando fazemos isso sempre lembro de quando brincava com as minhas primas ainda brinco  e nós montávamos uma história, cada coisa gente kakaka.
4-Você construiu isso então também pode destruir: Isso trabalha bem com o controle pessoal. Imagine agora uma coisa que você tem medo, mais muito, muito medo mesmo, e que isso ta perto de você, que você ta vivendo seu medo. Tudo bem? Não? Então respira fundo, se acalma e volta ao normal.
Não sei se consegui te deixar com medo (provavelmente não), mas quis exemplificar, você construiu isso então pode desconstruir. Quando estiver triste pense nisso, porque ficou assim? Foi você mesmo que criou essa tristeza? Então pode acabar com ela!
5-Corra o risco do perigo: Não queira viver de forma tão segura, arrisque-se, a olhar nos olhos, sentir alguma coisa, a chegar na pontinha do precipício, e quando você estiver quase caindo lembre-se do que falei foi você mesmo que chegou aí, então pode achar uma saída, pode descer deste precipício. 
6-Aceita: "Aceita gay é pra poucas, bota a cara no sol, mana!" Kkkkk nada ver, mas não pude evitar haha. Agora falando sério, quando fazemos uma cena e alguém sugere algo, como: Vamos plantar alface na lua. E a outra pessoas diz: não, isso é impossível! Errado, no teatro nada é impossível. Então vai nessa e aceita embarcar nessa aventura, mana!

E essas são as 6 coisas que aprendi com o teatro, e ainda vem muita coisa pela frente para eu aprender. Obrigada professor por ter ensinado à turma tudo isso, e ainda do jeito mais legal que existe <3 Gostaram?

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Arte Cibernética

Oi gente, tudo bem?
Faz um tempão que prometi falar sobre o quê encontrei lá no Museu Oscar Niemeyer, então depois de todo esse tempo aqui estou eu para falar sobre Arte Cibernética, um campo que tem como objetivo explorar a interação de um observador com a obra, e elaborar poesias ligadas a tecnologia desenvolvida a partir do século XX. Apresenta nove obras, além do Brasil as obras vem de artistas de várias partes do mundo, como Israel, Estados Unidos, França, Áustria, Bélgica e México. Quer conhecer todas elas? Então vem comigo.

Text Rain- Camille Utterback e Romy Achituv
 Criado pela norte-americana Camille Utterback e a israelense Romy Achituv, esse projeto é como o nome já diz uma chuva de letras. As letras vão cainda como gotas de chuva, e conforme os participantes projetam o corpo as letras vão se acumulando, sendo assim possível formar uma palavra ou então uma frase. As letras não são aleatórias, elas formam um poema chamado "Talk You" de Evan Zimroth.


Life Writer- Christa Sommerere e Laurent Mignonneau
Imagem do Google.
Christa Sommerer, uma bióloga belga em parceria com o francês Laurent Mignonneau, desenvolve instalações que produzem seres inexistentes na natureza, dentre elas "Life Writer" (Escritor de Vida). Ao teclar uma antiga máquina de escrever, letras são marcadas na folha. Ao retornar o cilindro da máquina, as letras viram criaturas artificias que parecem flutuar. Tais criaturas se reproduxem em novos seres todo vez que ovas letras são datilografadas. O espectador então se torna um "escritor de vidas".

Fala Brasil- Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
São 40 celulares, um microfone e um espectador. O visitante fala no microfone e os celulares que estão em estado de escuta criam um resultado audiovisual com um significado parecido com o som captado, ou seja, fala e exibe nas telas uma palavra idêntica ou semelhante a escutada, é como brincar de telefone sem fio.

Les Pissenlits- Edmond Couchot e Michel Bret
Pelo nome já podemos perceber que esse vem da França, é uma obra do professor Edmond Couchot e do autor de filmes de animação Michel Bret. Este é um dente de leão tecnológico, tem um microfone onde você assopra e então as sementes voam, as trajetorias complexas são detrminadas pela força e duração do sopro do espectador. Transparece nesta obra o conceito de ação e reação.
Descendo a escada- Regina Silveira
Na instalação feita pela artista visual Regina Silveira daqui do Brasil mesmo, o visitante desce uma escada virtual. O visitante entra n desenho que vai se desdobrando a medida que ele 
"desce" a escada, ao som de passos ritmados de outros (ausentes) que a percorrem em diferentes partes.

Reflexão #3- Raquel Kogan
 A artista multimídia Raquel Kogan, também do Brasil, criou essa instalação na qual a imagem de várias sequências de números é projetada na parede de uma sala escura. A projeção é refletida em um espelho d'água rente ao chão, isso causa a impressão de que os números são infinitos, veja:
Legal, não é?

OP_ERA: Sonic Dimension. Rejane Cantoni e Daniela Kutschat.
Instrumento musical virtual, tem forma de cubo de cubo reto aberto, prenchido por centenas de linhas luminosas que podem ser tocadas pelo visitante. Afinadas adequadamente, as cordas vibram com uma frequência de luz e de som que varia de acordo como o vistante a tocou. Feita pelas brasileiras Rejane Catoni e Daniela Kutschat.

Ultra-Nature- Miguel Chevalier
Um dos meus preferidos, esta obra simula um jardim, e você interage com ele, ou melhor, ele interage com você. Digo isso pois quando a pessoa meche o braço para a direita as plantas a acompanham e vão para a direita. São seis variedades de plantas coloridas. Foi feito por Miguel Chevalier, conhecido como um dos pioneiros da arte digital, aliás essa arte aí veio lá do México.

Gravei um video de quase todos para vocês:

Se você gostou do video vai lá no youtube e da um joinha pra mim haha, aproveita e se inscreve no meu canal, em breve teremos novidades.
De todas essas artes tecnológicas qual foi a sua preferida?

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Conheça o Museu Oscar Niemeyer

Foto do Google
O museu Oscar Niemeyer se encontra em Curitiba-PR, é um espaço dedicado a exposição de artes visuais, criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
A história começa em 1967 quando o prédio principal era ainda um projeto, o tempo passou e o prédio foi inaugurado somente em 1978, foi chamado de "Edifício Presidente Humberto Castelo Branco". Em 2001, 23 anos após a inauguração, as autoridades do Estado decidiram transformar o lugar em um museu, e no dia 22 de novembro de 2002 o edifício passou de ser sede das secretarias do Estado para ser inicialmente batizado como Novo Museu. Hoje o nome já não é mais esse, e sim: Museu Oscar Niemeyer, também chamado de Museu do Olho, pois sua estrutura lembra um olho, e era essa a intenção do Oscar Niemeyer, ele queria que as pessoas observassem mais por isso um olho, para ver. Esse também é o motivo para que os prédios tivessem paredes de vidro transparente, porém as obras não podem ficar expostas a luz do Sol, pois correm o risco de sofrer danos, então foram necessárias adaptações.
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Quando eu fui a guia nós falou sobre tudo isso, e cheguei a conclusão de que a ideia do arquiteto era estimular a interação visual, por isso o prédio com formato de olho. Ele queria que observássemos mais uns aos outros, e as obras de arte.
Lá é um lugar lindo! Se você gosta de tudo que envolva arte e arquitetura esse Museu é um ótimo lugar para visitar. Vai sair cheio de cultura, ampliar suas visões sobre o mundo e se encantar com a arquitetura do lugar e as obras de arte que encontrará lá <3 
Vou deixar aí algumas fotos que tirei.
E por aí vem mais postagens falando sobre o que vi nesse museu, aguardem hahaha.
Gostou? Deixe seu comentário.