domingo, 27 de março de 2016

Na verdade é tão vazio...

É tão estranho, se é que pode ser alguma coisa, porque na verdade é tão vazio...
Que nem a caneca a sua frente, ela normalmente gosta de chá, mas hoje não tomou, quem sabe acabou. Não tomou café também, deixou a xícara vazia, para combinar com minh'alma, ela dizia. Havia acabado de se livrar de um resfriado, e logo, de imunidade baixa a tristeza aproveitou para passear pelo seu corpo. E no entanto acho que ela nao quis entrar aqui, pensou, ninguém ia querer... Não gosta de crises existências, mas está prestes a ter uma. 

"A tristeza me atingiu como um tiro,
Bem no olho,
Logo não pude ver de onde veio,
E agora sou um cego ao meio de tiroteio."

As balas acertam com precisão, talvez esteja só cansada, e devesse ir dormir, mas ela não quer ir deitar-se, pois lá não teria a companhia das palavras, e elas são suas únicas companheiras agora. Deve ser esse o seu mal, a carência.

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