quarta-feira, 4 de julho de 2018

O despertar da bruxa em cada mulher -Laurie Cabot e Jean Mills

 A mulher tem uma natureza mágica e com o passar do tempo, devido a intervenção da Igreja Católica perante o poder das mulheres, elas podem ter se afastado de sua essência. Mas para que isso não permaneça no passado, Laurie Cabot e Jean Mills no livro "O despertar da Bruxa em cada mulher" nos ajudarão a reencontra-la.
 O livro é dividido em 11 capítulos, cada um com um tema central. Usando para dissertar um mito celta, uma lenda ou fábula, a contextualização dele com a nossa realidade e o que podemos aprender diante de tal. Além disso também conta com experiências das autoras e magias/rituais que podemos fazer para, por exemplo, atrair alguém, ser mais criativa...
 Nesse post escreverei o que aprendi com cada capítulo e colocarei alguns trechos do livro.

"Somos as futuras Deusas antigas. Nossas histórias são as histórias de amanhã."

Capítulo 1: Como despertar a Bruxa
A Bruxa esta em todas nós, inclusive nos meninos, pois todos temos o Divino Feminino e o Divino Masculino. É preciso reconhecer isso e ainda a força do poder feminino. Somos a natureza, precisamos nos conectar com ela e com nosso próprio Eu.
 "A descoberta da Bruxa que existe em você não é uma religião, mas uma viagem de espírito. Você é a Própria Natureza. O espírito do Universo reside dentro de você."

Capítulo 2: Como enfrentar o medo que você tem da Bruxa
Como sabemos o Cristianismo transformou as Bruxas em más e demoníacas, principalmente através do Malleus Maleficarum (falo sobre isso no vídeo). E o patriarcado até hoje faz das mulheres inferiores. Vivemos nessa cultura e para superá-la precisamos enxergar o quanto nossas decisões são nossas e o quanto temos capacidade de escrever nossas próprias vidas. Não podemos ter medo do poder, mas almejá-lo!
 "Espero sinceramente que um cavalheiro em armadura passe na sala de sua casa ou no seu escritório. Se ele não aparecer, e você ainda estiver esperando por ele, o que peço é que considere uma dessas armaduras como sendo sua."

Capítulo 3: Como exigir sua herança psíquica
Nesse capítulo a autora ensina a entrar em Alfa para realizar trabalhos psíquicos. Também diz que é importante usarmos a palavra Bruxa, a linguagem da Deusa e seguirmos nossa intuição. Fala também sobre a Deusa Brígida.

Capítulo 4: Poder sexual feminino e bravura.
 Descobri aqui que a palavra 'virgem'corresponde a 'werg' na raiz celta, que quer dizer mulher. Então se você se pergunta o porquê de usarem virgens em rituais é porque são mulheres e tem consequentemente grande poder na magia.  A autora diz que o sexo deve ser a última manifestação do amor, e que é preciso muita comunicação entre o casal antes. Diz que isso é uma escolha da mulher, a qual não deve se deixar ser influênciada pelo homem. "Para os celtas a virgindade esta relacionada com a independência sexual". Além do mais, meninas que começam cedo demais tem tendência a desenvolver depressão e outros problemas, por isso é preciso canalizar a energia sexual para outras atividades, como praticar esportes, ler um livro empolgante...
 Se o casal estiver esfriando é importante que curtam a companhia um do outro.
 E as mulheres que estão presas em relacionamentos devem se livrar e sair com seus direitos.
 Discorre, também, a respeito da importância do amor próprio.

Capítulo 5: A Bruxa que existe em toda mulher e a necessidade que os homens tem de compreende-la
 É importante que os homens, assim como os Bruxos, aprendam a respeitar e não tenham medo do poder das mulheres. E que eles reconheçam esse poder em si, pois temos em nós o Divino Feminino e o Masculino. Os garotos e homens não devem abominar e evitar características femininas, todos nós, tanto homens quanto mulheres, devemos aprender a equilibrar os dois.
"Se algum dia quisermos resolver as diferenças entre homens e mulheres, será preciso que Deus e Deusa consigam coexistir."

Capítulo 6: Como liberar a Bruxa Guerreira
 Como temos muita força emocional e empatia precisamos também saber nos defender. 
"Você descobrirá que se acreditar no próprio poder, outros acreditarão também e a tratarão de maneira adequada. Essa é a lição da Bruxa Guerreira."
A autora fala de situações que aconteceram com ela e como ela conseguiu se defender, e que, no momento que o fez sentiu em si a força de muitas mulheres. Fala também sobre a cultura machista, que leva a sociedade a ver mulheres que sofrem estupro como provocadoras e não vítimas. E como isso também se reflete em nossa linguagem.

Capítulo 7: De que maneira nutrir a sua criatividade
 Comparando com um mito celta, a criatividade sempre vem de algo, é 'roubada'. E também devemos aproveitar emoções e experiências para criar.
 "Qualquer que seja seu estado de espírito você precisa agir sobre ele, escrever sobre ele, pintá-lo, dança-lo.'

Capítulo 8: Como redescobrir suas forças curativas
 O talento para a cura é natural das mulheres. A água nos mitos celtas é uma mãe e as sereia são curandeiras. Em um conto nesse capítulo um jovem médico que cuidava de uma menina doente caminha pela praia. As sereias tentam a todo jeito lhe dizer que artemísia curaria a garota, e mesmo tropeçando em uma touceira de artemísia não reconheceu o que estavam lhe dizendo e a pobre garota morreu. 
 As bruxas muitas vezes usam a natureza para curar, por meio das ervas. E cuidar do meio ambiente é uma forma de gratidão!

Capítulo 9: A importância de nutrir
 Maternidade é o tema central. As mulheres tem todo direito de optar ter ou não ter filhos.  Os antigos celtas honravam e respeitavam muito o poder da mulher de gerar vida, mas hoje percebemos como a mentalidade mudou.
 "Uma mulher que estava fazendo compras num supermercado voltou para a privacidade de seu carro para amamentar o filho recém-nascido. Um policial lavrou contra ela uma intimação por comportamento obsceno em público! Os seios tem suportado acusações tão humilhantes de serem objeto de prazer sexual para os homens que a nossa sociedade esqueceu da sua função original. Dessa forma, as mulheres são levadas a não se sentirem à vontade e a se envergonharem de seus corpos."

Capítulo 10: Como conceder a si mesma a liberdade de se transformar
 Aqui ela fala sobre o medo de envelhecer e o medo da morte. As mulheres mais velhas devem ser respeitadas por terem mais sabedoria, uma vez que tiveram mais experiências. E a morte é um acontecimento alegre, pois a pessoa continuará a viver, apenas terá outra forma. 
 "O universo é infinito. E, porque somos parte do universo, somos também infinitos.

Capítulo 11: Como aceitar e celebrar o poder


Créditos à: Laurie Cabot e Jean Mills

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