Me despedi dos meus pais, meu pai disse que me amava e minha mãe disse: "Responda assim Isa: vou tentar acreditar!", não era bem isso, mas eu estava a procura de uma resposta que dissesse controvérsias àquele "eu te amo" fiquei pensando, porém acabei concluindo ao som do dizer de minha mãe que eu queria tanto provas, mas não provava meu próprio amor para com ele, disse que o amava também.
Estou há mais ou menos 1 mês esperando que ele pinte o meu quarto, já temos a tinta, a qual eu antes havia esperado por meio mês ou mais. Escura demais, agora ele precisa de uma branca para misturar, e desde o dia que a gente comprou, começo de Abril, ele sabe disso. Porém, segundo ele, "não teve tempo", e eu mal acreditei pois sabia bem de quantos dias ele ficou deitado na cama descansando enquanto a loja estava aberta, na verdade ele teve tempo sim! Com a tinta de teste ele escreveu na parede do meu quarto: "AMAMOS A ISA e A GI.", segurei-me para que não pudesse escrever: "SE AMASSE MESMO ESSE QUARTO JÁ ESTARIA AMARELO!", não o escrevi, porém o disse. Também, enquanto conversava com eles hoje a noite antes de ir deitar-me eles disseram que eu ainda não deveria andar de ônibus para ir ao inglês, mesmo tendo 15 anos, pois o mundo está muito perigoso! Irrito-me sempre com isso, fico feliz porquê pelo menos para a escola sou liberada de ir de ônibus, entretanto não à outros lugares, e eu quero me sentir independente, eu quero voar, mas é perigoso demais, algum adolescente peralta pode acertar em mim uma pedra. Não tenho medo, e acho que tem tantas pessoas por aí querendo cativar passarinhos, só que meus pais assistem muito jornal e são aqueles passarinhos que fogem quando veem pessoas, e querem eles que assim também eu seja. Mas quero voar. No entanto tenho que aceitar.
Haviam grandes indignações que pensei quando meu pai disse que me amava, mas ainda assim deixei de dize-las e preferi dizer que o amava também. Depois disso, enquanto na cozinha tomava água conclui que haviam tantos motivos também para ele não dizer que me amava, e que haviam tantos motivos para eu dizer que amava ele. É claro que não posso deixar de mostrar minha insatisfação com o quarto deixado de lado, pois ele está interditado então está diferente a forma como nos organizamos para dormir. E é claro também que eu não posso deixar de agradecer, e tinha tantas coisas que eu deveria ter agradecido, como ele ter ido hoje me levar e me buscar no inglês em um carro quentinho e não ter me deixado ir sozinha para casa em um ônibus lotado de pessoas, por ter esquentado a carne de porco para facilitar as coisas para mim, por ter simplesmente dito que me amava. Fiz tudo ao contrário. Reclamei que ele não me deixava ir de ônibus, reclamei que a janta era carne de porco e eu não gostava e doeria para comer já eu havia colocado o aparelho, reclamei que ele não provava que me amava e reclamei que ele reclamava demais. A fruta nunca cai muito longe do pé, menina. Pelo menos eu disse que o amava. Mas apenas.
Uau, pais sempre querendo nos proteger (mesmo que nós filhos sintamos "sufocados") mas que atitude louvável a sua de reconhecer o carinho dele, e ver o lado bom das coisas, que ele lhe proporcionou. Perfeito isso
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